Por Sarah E. Ferreira e Tuane Faust.

Foi exatamente esta realidade que o Projeto Bugio, realizado por alunas do segundo semestre de Publicidade e Propaganda da FURB, quiseram retratar. O bugio é um animal indefeso, tranquilo e tímido, que sofre cada vez mais com a caça e desmatamento desenfreado.
A concepção da ideia nasceu da necessidade de alertar a população que o desmatamento afeta não só o bugio, como milhares de animais e a natureza por si só. Uma das grandes dificuldades foi achar um bugio empalhado que retratasse, através de sua posição ou de sua expressão facial, a dor, ou indignação de um animal indefeso.
Foi através do Laboratório de Taxidermia da FURB que as alunas encontraram Chico, um bugio carinhosamente apelidado que correspondia às expectativas do projeto: apresentava uma pelagem cuidadosamente conservada, quase sendo difícil de acreditar que era, de fato, um animal empalhado. Após o encontro, deu-se início ao projeto.
Com o monitoramento da professora de fotografia Anamaria Teles, Chico foi cuidadosamente colocado sobre uma bancada. Com fundo infinito preto e auxílio de dois soft box, o bugio foi capturado em diversos ângulos. Um ponto forte na imagem era etiqueta com as informações do animal. Era o símbolo de que o mesmo não tinha mais sua liberdade.
O projeto não visava somente uma conscientização sobre a extinção do bugio. Mais que isso, ampliava a ideia de que, independente do animal, todos tem o direito de viver em seu habitat. A extinção, o desmatamento, a caça de animais como o bugio são assuntos que andam de mãos dadas, e que necessitam de uma atenção especial. Afinal, não afeta somente animais. Nos afeta também, e muito.
Hoje, nos deparamos com uma vasta área de projetos que visam a proteção de animais, e a conscientização de população que os rodeiam. Grupos de amparo a animais abandonados, atropelados, feridos em caça são cada vez maiores.
Afinal, você pode usar ou ser contra quem usa roupas ou artigos feitos de pelos de animais. Mas você precisa saber, e ver realmente o mal que isso causa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário