25 de out. de 2016

O poder do comentário: Seja o que você quiser

Por Carla Fernanda Pamplona, Marcelo Feller Júnior e Marcelo Probst


No mundo digital é muito mais fácil fazer uma crítica. Basta olhar alguns minutos seu Facebook, ou qualquer outra rede social, para confirmar isso. Ainda que os elogios e comentários positivos existam, os negativos se destacam.

Tornou-se comum ler e compartilhar opiniões sobre um determinado produto ou serviço. Os usuários contam suas experiências com meios de entretenimento e hábitos de consumo, como lojas, restaurantes, cinemas, entre outros. Além disso, as pessoas puderam se sentir mais próximas de celebridades e pessoas públicas, interagindo de uma forma mais rápida e direta. A censura diminuiu notavelmente e cedeu espaço a uma infinidade de opiniões diversificadas.

No caso de personalidades como atores, cantores, modelos e mais recentemente, youtubers, os comentários negativos se evidenciam ainda mais em meio aos positivos. Isso gera uma repercussão maior a cada novo trabalho com a participação dessas celebridades.

Em cima deste cenário que a marca esportiva Under Armour trabalhou em sua campanha "I Will What I Want", em português, “Serei o que eu quiser”, que recebeu o prêmio máximo (Grand Prix) na categoria Cyber, do Festival de Cannes Lion 2015. O job foi produzido pela agência Droga5, localizada em Nova York e teve como protagonista a modelo Gisele Bündchen.

O case, que foi veiculado primeiramente na televisão, teve sua continuidade na internet, com um vídeo interativo no qual a top model aparece dando golpes em um saco de pancadas. Enquanto isso, no site da campanha era possível interagir em tempo real deixando comentários sobre Gisele, que após passarem por um filtro, eram projetados nas paredes da sala onde a modelo estava.  

Os comentários que a cercam são em sua maioria negativos, subestimando seu trabalho enquanto modelo e afirmando suas opiniões sobre a vida pessoal de Gisele, que não necessariamente são verdadeiras. Poucas considerações positivas são mostradas durante o vídeo. A medida que os comentários negativos aumentam, a modelo também aumenta o ritmo dos golpes no saco de pancadas a sua frente, como uma forma de se defender e reafirmar o mote da campanha.

O investimento foi de US$ 15 milhões e rendeu um crescimento de 28% nas vendas da marca esportiva, superando concorrentes como Adidas e se tornando a segunda maior no seu segmento.

Construir um case de sucesso é estudar os concorrentes, elaborar um planejamento estratégico e aproveitar todas as oportunidades. É transformar condições e realidades muitas vezes desfavoráveis em grandes resultados para o seu cliente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário