28 de mai. de 2015

Ítau - Sem papel

Por Cleber Antônio

Em janeiro de 2012, o banco Ítau e a agencia Africa tiveram uma grande sacada em usar um vídeo viral da web para a nova campanha de sustentabilidade da marca. O vídeo escolhido foi o bebe Micah. O bebe rasgando papel e rindo conseguiu mais de 34 milhões  de views no Youtube só em 2011.



O vídeo se encaixou exatamente com a ideia da campanha Essa que tinha com objetivo incentivar seus clientes a cancelarem o recebimento de extratos via correios e consultar via web que era mais viável.

Sem duvida a campanha atingiu seu objetivo. Virou viral do viral com mais de 15 milhões de views se tornando um grande sucesso nas redes sociais.

Uma consumidora de São Paulo não gostou muito dele. Ela entrou com uma ação no órgão Conar, conselho nacional de autorregulamentação publicitária, contra o banco protestando pelo fato da propaganda não trazer nenhuma advertência aos consumidores sobre a importância de guardar os comprovantes de suas transações bancárias. No caso a propaganda mostra o pai rasgando o papel e a criança rindo, passando a ideia de não terem nenhum preocupação com isso.

O Ítau em sua defesa alegou que efetuar o cancelamento do recebimento de extratos pelo correio era uma opção, e que se comprometia a emitir segunda via de qualquer comprovante até 10 anos depois da emissão. Esses argumentos foram aceitos, e o caso foi arquivado em 2ª instância.

Mas isso não alterou em nada o sucesso da campanha. A agencia África sabendo disso, criou uma nova campanha que mostra a visita do Ítau aos pais do bebê. Nela o pai conta qual motivo que levou ele a rasgar o papel em frente a criança, e o banco com esse video aproveita para reforçar o conceito mude com a mensagem “Num mudo cheio de possibilidades, até uma risada pode mudar tudo”.

Com certeza um dos principais motivos pelo sucesso da campanha foi ter pego um video no conhecidíssimo no youtube, atual mas não cansado fez grande diferença. É um bom exemplo de se aproveitar de algo já existente para fazer algo novo.

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