Pra isso você precisa fazer alguns ajustes na câmera pra conseguir o efeito desejado: foco pré definido, abertura intermediária, exposição longa, ISO baixo e manter a câmera estática (de preferência em um tripé). Até conseguir o efeito desejado vários tempos de exposição e aberturas devem ser testados.
Fizemos um brainstorm pra decidir como seria o nosso light painting. Qualquer coisa que emitisse luz poderia ser usada, um isqueiro, um laser, um celular, lanterna. Até que veio a ideia: que tal fazer uma chuva de luz? Usaríamos um guarda-chuva, tudo muito lindo, tudo muito legal. Aí veio a questão, como fazer a chuva?
Lembramos de efeitos que já tínhamos visto na internet como os feitos com velas sparkles (aquelas que soltam faíscas que acompanham as velinhas dos bolos de aniversário), mas não seriam o suficiente. Então nos veio à tona as lembranças das brincadeiras de criança: queimar Bombril! Pra quem não sabe, esse material quando queimado e girado solta milhões de faíscas, perfeito para o que queríamos fazer.
Pegamos um guarda-chuva, uma colega da turma, fomos pra um matinho e colocamos fogo no Bombril. Bom, não foi tão fácil assim. Tivemos que achar o local ideal com a iluminação mais adequada e que uma coleguinha pudesse ficar mais alta pra fazer o efeito da chuva. Encontramos um lugar escuro com um muro atrás, perfeito. Penduramos a colega embrulhada em um pano preto no muro e botamos outra na frente segurando o guarda-chuva. A menina do muro ascendeu a esponja e girou em cima do guarda-chuva, várias fagulhas giraram e foi lindo, só esquecemos de um passo importante: ajustar a câmera. Fizemos as configurações e o processo todo novamente. Saiu a foto! Mas perdemos o guarda-chuva, por que pegou fogo.
Para um primeiro light painting deu tudo certo. Ou quase. Além dos problemas já citados ainda tivemos queimaduras e quase fomos expulsos pelo risco de atear fogo no mato. Mas valeu a pena, faríamos de novo. Tudo muito lindo, tudo muito legal.
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