19 de mai. de 2015

Primeiras impressões do mundo radiofônico

Por Daniela Opuchkivicth e Eloiza Anhaia. 



Se você costuma ouvir rádio, com certeza já percebeu que a duração dos spots geralmente é o mesmo, 30 segundos. Mesmo assim, não há um padrão fixo que deva ser seguido. O spot pode ter o tamanho que o anunciante quiser, desde que ele esteja disposto a pagar pelo espaço utilizado na grade de conteúdo da rádio.



Portanto, essa é uma das maiores dificuldades para a criação de spots: o limite de tempo. Você não pode se empolgar e escrever demais, o que vai fazer com que o spot fique muito grande e passe do tempo determinado pelo cliente, mas ao mesmo tempo você precisa escrever o suficiente para que, depois da edição, o spot termine no tempo correto.

A produção publicitária para o rádio é totalmente diferente da televisão, porque no rádio você não tem o recurso da imagem para fazer com que o ouvinte realmente entenda a sua mensagem. Por isso utilizamos duas ferramentas essenciais neste trabalho de “teletransportar o ouvinte para o mundo do anúncio”: a narração e a trilha sonora.

Um spot com uma boa narração é aquele que faz com que o consumidor se sinta imerso naquilo que está sendo apresentado, e que ele entenda do início ao fim da mensagem.

Não podemos esquecer que o rádio é um meio em que as pessoas escutam enquanto executam outras tarefas (trabalhando, dirigindo, limpando a casa...), poucas pessoas param para realmente apenas escutar rádio, o que obriga o narrador a ser criativo ao ponto de fazer com que aquele ouvinte que está entretido olhando as pessoas num ponto de ônibus, já irritado pelo tempo de propaganda, se interesse e realmente ouça a mensagem.

Já a trilha sonora é a responsável por fazer a ambientação da mensagem, para que o ouvinte consiga imaginar as imagens que são impossibilitadas de ser transmitidas neste meio.

Na matéria de produção publicitária em rádio da FURB no curso de Comunicação Social, exercitamos nosso conhecimento recém-aprendido em linguagem radiofônica e técnicas narrativas, construindo pela primeira vez sozinhos uma produção publicitária em rádio.

Acima temos um spot de dramatização, produzido para promover o curso de Teatro FURB. Aparentemente ao ouvi-lo está tudo certo, mas na verdade há um problema: o tempo. O que havia sido determinado pelo professor em sala era 30 segundos, mas ao final o spot fechou com 45. Este é exemplo perfeito do que falamos acima, sobre que o narrador não pode se empolgar e escrever demais. Agora vai ser realmente difícil encurtá-lo, pois ao tirar algum diálogo, fará com que o anúncio aos poucos perca a sua mensagem inicial.

O outro exemplo de spot no post é de apresentação direta, produzido para promover o curso de História FURB, as características deste estilo de narração é levar diretamente o espectador à mensagem pretendida. No caso há um pouco de mistério no início, mas ao decorrer do spot a mensagem inicial começa a fazer parte do contexto como um todo. Esse recurso do mistério é um ótimo exemplo de estratégia para prender a atenção do consumidor, que começa a ouvir a mensagem sem saber para onde será levado, o que o faz prestar atenção para saber o que o final irá lhe apresentar.

Estes foram pequenos exemplos do nosso primeiro contato no mundo radiofônico, se se você se interessou e quiser saber mais a fundo sobre, entre no site da FURB e conheça a proposta do curso.

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