Por Renan Montenegro e William Beppler
Não é de hoje que a vida nos proporciona pequenas doses de ironia. Desde a cruel chuva após lavarmos o carro até o simples atalho que definitivamente não nos poupa tempo. Porém tão irônico quanto os exemplos citados é prever que a última e mais difícil atividade de fotografia do semestre teria a ver com o topo mais alto da cidade.
A tarefa apesar de complexa, era simples - confeccionar 20 fotos do tema de sua preferência, aplicando as técnicas de fotografia aprendidas durante o semestre e, claro, finalizar com um tratamento de imagem digno. No início a ideia de subir o morro do Spitzkopf parecia realmente boa, até percorrer os primeiros metros.
Mesmo com as pernas constantemente castigadas, descobrir cada pedaço daquela reserva natural era incrível. A cada novo lugar, uma nova foto - e o problema inicial de cansaço e a inexplicável fora de forma deu lugar à qual foto escolheríamos para o trabalho final. Aproveitamos cada elemento que a reserva nos proporcionava – pequenas cachoeiras, o orvalho nas folhas e até mesmo pequenos animais que timidamente apareciam para as fotos.
As aulas com a professora Anamaria Teles foram realmente úteis para essa hora, conseguimos aplicar todas as técnicas de fotografia aprendidas na sala R104. Desde ajustes no diafragma, tempo de exposição, proporção de ângulos até a regra dos terços, tudo era cuidadosamente feito para garantir a melhor nota possível nessa atividade, afinal, ninguém merece reprovar na última atividade do semestre.
Mas a ironia é a grande estrela deste texto, e ela se fez presente quando chegamos ao topo da reserva. Não existia comparação, inclusive era até um pouco injusto comparar as outras fotos com a escolhida, nada mais justo que escolher o ponto mais alto da cidade para o trabalho mais importante do ano, devemos concordar que é um pouco irônico e no mínimo poético.
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